Como estamos em fim de semana deportivo com derby, aqui fica um aperitivo para o jogo.
E como dizem por aí...
A mim tudo me acontece. Aqui vou contar os episódios mais recambolescos da minha vida, bem como os pensamentos e teorias mais idiotas que me ocorrerem. Tudo aqui será debatido e escalpelizado, com rigor e isenção.
Como estamos em fim de semana deportivo com derby, aqui fica um aperitivo para o jogo.
E como dizem por aí...
Uma análise, do lado de lá do Atlântico, da evolução da relação de conquista e do amor do homem para a mulher, através das músicas que marcaram uma época. Não é saudosismo, mas a constatação dum facto na vertente feminina.
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Década de 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor,
de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."
(para quem tiver curiosidade)
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Década de 40:
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira,escreve para Rádio Nacional e,
manda oferecer a ela uma linda música:
"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho,
que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"
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Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:
" Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.
É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar.
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema.
É a coisa mais linda que eu já vi passar."
(para quem tiver curiosidade)
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Década de 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço, ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem
mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."
(para quem tiver curiosidade)
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Década de 70:
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão, abre porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....
Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...."
(para quem tiver curiosidade)
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Década de 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias,
luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."
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Década de 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.
E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"
(para quem tiver curiosidade)
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Em 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão!
Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim"!
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Em 2002:
Ele manda um e-mail oferecendo uma música:
"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu!
As preparadas! Hu Hu Hu Hu!
As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"
(para quem tiver curiosidade)
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Em 2003:
Ele oferece uma música no baile:
"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó!
(para quem tiver curiosidade)
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Em 2004:
Ele a chama p/ dançar no meio da pista:
"Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas!
Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!"
(para quem tiver curiosidade)
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Em 2005:
Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio:
"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!"
(para quem tiver curiosidade)
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Em 2006:
Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:
"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!
Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!"
(para quem tiver curiosidade)
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Em 2010:
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo volume:
" Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber?
Eu sou o lobo mau, au, au
Eu sou o lobo mau, au, au
E o que você vai fazer?
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer"
Em 2011:
Ele todo valente em frente aos amigos, olha pra ela e canta:
“Vou sim, posso sim, quero sim, minha mulher não manda em mim...”
(para quem tiver curiosidade)Uma amiga minha ao ler abanou a cabeça e disse:
-Onde foi que nós errámos? Será que ainda é possível piorar?
É claro que respondi logo, e com sotaque em homenagem a esta pérola além Atlântico:
- Com essa mania de vocês quererm sair da cozinha, serem umas frescas de primeiras e mania de independência queriam o quê? Querem homens como antigamente, sejam mulheres de antigamente. Fogão e tanque da roupa…
Ela fugiu… As mulheres não gostam mesmo de criticas construtivas
E como dizem por aí...
Aproveitando o clima de tensão e eleitoralista, um sindicato resolveu organizar um encontro. Este pasquim na vanguarda informativa conseguiu arranjar fotos do encontro...
Um amigo meu resolveu ser honesto para com a respectiva esposa. Ela perguntou:
- Com quantas mulheres já dormiste?
E, orgulhosamente, ele respondeu:
- Só contigo, meu amor. Com as outras, fiquei acordado...
Horario de visitas no Hospital: das 15 às 17 horas.
E como dizem por aí...
Estive entusiasmadíssimo a preencher os meus impressos dos Censos 2011. Primeiro comecei por beber um pouco de Bruto Milis porque com tanto papel para fazer cruz achei que era preciso um pouco de inspiração. Assim comecei por indicar morava na Rua da Palma nº 5, 6969-069 Aldeia da Pixa.
Ao passar pela descrição da habitação, indiquei que não tinha água canalizada (aqui só se bebe vinho ou cerveja), não tenho banheira ou duche (uso alguidares e esfregão bravo para tomar banho), o alojamento não têm sistemas de esgotos (eu chego à janela, viro o esfíncter para a rua e lá vai bomba) e também não têm ar condicionado, para além de ter selecionado a opção de barraca na primeira pergunta.
Para me poupar a esforços no inquérito (saltei logo uma quadrícula) selecionei que não tinha aquecimento disponível(derrubo árvores e faço lume de chão para me aquecer) e que a área é de 200 m2 (se eu digo que moro na minha rua faz sentido que ela entre na estatística). As divisões da barraca são dez a saber: cozinha, sala de jantar, sala de almoço, sala de pequeno almoço, uma sala de lanche (posso ser pelintra mas tenho uma sala para cada refeição), despensa, arrecadação e 3 quatros (isto para contabilizar a dezena de divisões indicadas anteriormente).
Como sou um rapaz previdente ao indicar que morava numa barraca poupei 7 quadros por preencher. Ao nível do questionário individual indiquei o meu nome (como é óbvio, Rolando Caio da Rocha), sexo masculino, não estava em casa às 0h00 do dia 21/03/2011 (para que será que eles querem saber isto?), sou viúvo (tenho de ser coerente com o meu perfil de facebook porque nunca fiando nestas cenas da tecnologia), não vivo em união de facto, sou natural da freguesia de Santa Bárbara dos Assobios na Venezuela, com dupla nacionalidade, com dificuldades de visão, audição e de compreensão. Tenho ainda dificuldades de me vestir (se perguntassem sobre despir já a conversa era outra, se bem que na proximidade dos maridos até me visto depressa…), e já residi mais de um ano na minha querida pátria Venezuela (Hugo Chavez tu estás cá dentro…) e indiquei que não sabia ler e escrever (o que torna um mistério o preenchimento do questionário)…
Ainda tentei ligar a esta hora (01H00) para a linha dos censos mas já estava encerrada pelo que deixei uma reclamação gravada que a esta hora na Venezuela ainda está a começar a tarde e que deviam respeitar mais os Venezuelanos…
Entretanto com os códigos para preenchimento na internet acho que vou ser árabe com um harém casado com:
- Valgina Seminova;
- Cuni Lingus;
- Clit Óris;
- …
Lá para as 30 mulheres pára… Entretanto se alguns dos leitores da orda deles que lê este pasquim quiser contribuir com os seus códigos para a minha proliferação de heterónimos (estou armado em Fernando Pessoa) deixe esses dados nos comentários que eu graciosamente faço o preenchimento do Censos 2011….
E como dizem por aí...
Como hoje é o dia D para o nosso país deixo aqui uma reflexão que traduz Portugal no último século:
'Somos um país essencialmente agrícola: uns já "cavaram", outros vão "cavar" e os que ficam são "nabos"!'
E como dizem por aí...
Hoje é o dia internacional da água.
Espero que os leitores deste pasquim façam como eu. Eu poupo água e assim contribuo para o bem estar do meio ambiente.
Só bebo vinho…
…e alguns degenerados que seguem este pasquim também como o Bambi e o Zé Cuscopos…
E como dizem por aí...
Contrariamente ao que é habitual neste pasquim, hoje vamos ter um artigo de análise política à situação actual do país. Tenho reparado nas notícias que os arautos da desgraça andam profícuos em análises na televisão e nos jornais.
Mas não estão a vir sozinhos para a ribalta. Estão a vir acompanhados dos abutres laranjas que já lhes cheira a cadáver rosa e a poder. Mas como eu sou um espírito livre e tenho uma alma romântica acredito que o cenário a ser traçado será que na próxima quarta-feira o PEC IV será chumbado na Assembleia da República. Assim, e pela primeira vez em décadas (até arriscada a dizer em séculos), um Primeiro Ministro em Portugal vai cumprir o que prometeu, e vai apresentar a demissão ao Presidente da República.
Este, como é muito querido no reino laranja, vai recusar a demissão, acabando com o sonho laranja, prolonga a agonia rosa e enterra mais o país…
Nem o ZéZé Camarinha fez o mesmo a tantas camones…
E como dizem por aí...