Dias atrás descobri que existia uma iguaria culinária cuja origem é campestre, chamada de Bacalhau com Broa.
Ora como todos sabemos, os mares ribatejanos por muito férteis que sejam em matéria piscícola a verdade é que o bacalhau não é uma das suas virtudes, pois para isso há a Mata das Virtudes (e o mais parecido com a explicação de o que é e onde é a mata das virtudes que encontrei no Google foi isto), cuja origem do nome se perde nas brumas das memórias mas que a minha alma romântica gosta de pensar que tem a ver com miúdas cheias de virtudes a pulular no meio da mata.
Sendo assim, fui googlar sobre bacalhau e origem campestre e descobri uma árvore que é algo comum pelas planícies ribatejanas. É uma espécie endógena dessa província portuguesa cujo nome comum é “Bacalhoeiro” mas que o nome científico é:
Reino: Plantae
Divisão: Scallabis
Classe: Enormius_se_for_de_copus_cheius
Família: Nem_minha_ou_tua_em_latim
Género: Pratus Campestris
Nome: Bebi muitum e dá nistum
O mais engraçado é todo o ritual que está por trás desta árvore e desta iguaria culinária. Esta árvore começa a ganhar folha no inicio de Janeiro, florescendo em Março / Abril, começando a dar o seu fruto (o bacalhau obviamente) por alturas de Maio / Junho. No entanto para a confecção deste prato, é necessário que o fruto esteja seco e não apenas maduro, pelo que é preciso esperar até finais de Outubro para começar a tarefa rural da bacalhice, tarefa rural muito conhecida pela zona ribatejana (não confundir com badalhoquice) e que ocorrre depois das vindimas e antes da apanha da azeitona (dispensam-se as piadas fáceis da apanha da outra coisa cujo nome também rima com o fruto da oliveira).
E assim, após este trabalho todo é possível ter o fruto que confecciona esse prato tão campestre, cujos ingredientes são todos rurais e que é o Bacalhau com Broa…
PS: No Alentejo Bacalhau com broa é mais fácil de fazer. Derruba-se um garrafão de cinco litros e apanha-se uma monumental “Broa” e a seguir é só comer o bacalhau
E como dizem por aí...
Bonjour para ti também
...mas o jacuzzi é meu
Sem comentários:
Enviar um comentário