Já lá vai o tempo em que eram elas a ficar com os filhos nos braços, desamparadas e apontadas a dedo por onde passavam. Os progressos que a nossa sociedade realizou em matéria de igualdade entre os sexos e as contingências da vida moderna, introduziram um novo e triste elemento - o pai solteiro.
Ora, o pai solteiro é, em geral um pobre e honesto trabalhador, que atira para o bucho uns copitos ao final do dia para esquecer as dores da vida, se enfia em estádios de futebol para não se sentir só e aos fins-de-semana e feriados nacionais dedica o seu tempo a mudar fraldas, confeccionar papas e limpar cus borrados. As mulheres, antes abundantes e variadas, evitam-no agora. Sinceramente, que mulher com um pingo de senso prático está para, a meio de uma escaldante sessão de sexo casual, levar com o balde de água fria de um puto a berrar pelo pai e um "Espera aí que tenho de lhe ir mudar a fralda."?! Que mulher, abdica da sua ida para a farra, a troco de um passeio no parque infantil, onde a expressão máxima de erotismo consiste em empurrar o baloiço?!
O pai solteiro, esse novo espécime da nossa sociedade, é facilmente reconhecido pelos olhos encovados, tez macilenta (devido às noites mal dormidas) e pelo odor a queijo estragado que teima em não sair das camisas vomitadas. Irrita -se com muita facilidade e sobressalta-se assim que houve o choro de um bébé. Dedica-se compulsivamente ao onanismo, ao vinho tinto, perde frotas atrás de frotas em jogos virtuais e tende a desenvolver uma profunda misoginia.
3 comentários:
Lá se vão os Adónis e ficamos com umas amostras.
Por isso é que depois eles viram rabinos, ao menos, mal por mal, viram bichas solitárias
ººº
... se sofre
Um homem por natureza é um ser sofredor. Sendo pai solteiro é um mártir do sofrimento...
Jota Ene, obrigado pelo comentário aqui no meu pasquim.
Saudações Chaladas
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