terça-feira, maio 10, 2011

A arte do pedal

Ontem tive a triste ideia de ir dar uma volta de bicicleta. Tenho uma bicicleta normalíssima, nada de especial e comprei um conta Km para ver as distância percorrida, velocidade máxima, velocidade média e outras mariquices que estes aparelhinhos indicam, só para mostrar como somos bons no pedal…
Resolvi percorrer as várias ruas do meu bairro e ainda ver até onde iam as novas ciclovias por ali colocadas.  Isto é tudo muito bonito, mas na realidade Lisboa não é uma cidade plana, como Amesterdão, pelo que ao deambular pelas ruas do meu bairro, coisa que de carro se faz tão bem deparei-me como a gravidade nas subidas faz das suas.
Ao inicio estava todo contente porque os primeiros 2,5 km foram feitos predominantemente a descer pelo que pensei que afinal isto do pedal nem era um bicho de sete cabeças tão grande e dificil como o pintam. Como sei que o meu desporto preferido é o levantamento do copo e a maratona do zapping, ao lembrar-me da distancia percorrida a descer, resolvi contornar essa descida e ir para casa por outra via.
Ao andar à volta, como tudo o que desce sobe, acabei por fazer mais quase 10 km em subida pouco acentuada, às vezes quase plana, mas não deixa de ser uma subida.
Assim quando entrei na garagem com a bicicleta, quase 12,5 km depois dos quais 10km foram a subir, tinha os olhos a quererem fugir da cara e o coração a saltar da boca. Mas o pior ainda estava para vir.
Ao me desmontar da bicicleta, reparei que estava de pernas abertas, parecia um cowboy a entrar num saloon ou uma menina do técnico no seu serviço habitual. No meu esfíncter a sensação que tinha era que tinha estado com prisão de ventre e alguém me tinha enxarcado em laxante, e que este tinha produzido efeito…
As pernas teimavam em me mostrar que ainda estavam a pedalar, pelo que a visão de alguém que vai ao lado da bicicleta de perna aberta, com um ar de quem se borrou todo, e a pedalar em vez de andar foi uma imagem linda. No elevador cruzei-me com uma vizinha que olhou para mim com o ar de quem achava que eu me ia cagar todo a qualquer instante, tal não era minha figura. Para completar o quadro, como ainda saí antes dela no elevador, ao se fechar a porta só a ouvia era rir, com o elevador a subir.
Aposto que a esta hora ela ainda se está a rir… eu estaria.
E como dizem por aí...

Bonjour para ti também
...mas o jacuzzi é meu

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