Euclides sentia-se incomodado durante o seu primeiro dia de trabalho: Clara Boia não parava de olhar para ele e se estavam sós, ou fora do ângulo de vista de alguém, lançava gestos com os lábios (em forma de bico), que deveriam parecer beijos, mas que tinham um efeito laxativo no estomago do nosso Beirão, ao invés do estimulante efeito pretendido. O pior era as insinuações corporais que provocavam em qualquer macho ondas de asco e impotência que nem uma caixa de viagra seria capaz de obviar.
Mas se alguém estava por perto, Clara enchia as faces dum falso rubor e com uma voz de falsete dizia:
- Oh Euclides, olha que te ponho um processo por assédio sexual...
No final do dia, com o estomago embrulhado, Euclides dirige-se a casa para tentar esquecer um dia tão atípico como o de hoje, onde entre fugas aos avanços Clara Boia e a tentativa de companheirismo nauseabundo de Rolando.
Restava-lhe o consolo da sua sexagenária senhoria, alcooletra e suposta artista à noite já estar sóbria e assim ele poder ter uma noite de descanso.
Assim que entrou em casa a sua inerte e ainda ébria senhoria ainda se encontrava desnuda no chão da casa (pelo menos não uivaria à janela) a respirar pesadamente e de forma a desaconselhar o foguear de um fosforo ou isqueiro em parte frontal à sua boca. Euclides contornou o corpo inerte da mesma e dirigiu-se ao quarto.
Amanhã seria novo dia.
E como dizem por aí
E como dizem por aí
Bonjour para ti também
...mas o jacuzzi é meu
...mas o jacuzzi é meu
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