terça-feira, janeiro 01, 2008

A arte da ressaca

Os olhos pesados, a cabeça a latejar como se fosse um tambor, a boca seca como cortiça e com gosto a papel de música.
Não há grande dúvida. Sobrevivi a mais um reveillon!
Apesar de a muito custo, consegui abrir os olhos. Apesar de desfocado, vejo que pelo menos estou debaixo de telha. Menos mal. Onde quer que esteja deitado apercebo-me que estou sozinho. Melhor ainda, não fosse ter engatado a Angelina Jolie na noite anterior e agora acordar ao lado do monstro das bolachas.
Não sei se tentar me mexer é boa ideia.
Resolvo arriscar. A cabeça pesa uma tonelada, o chão continua a ondular que nem um doido e dentro do estômago está a deflagrar a 3ª guerra mundial, e a julgar pelo movimento intestinal cheira--me que vai ser uma guerra com resíduos químicos e biológicos.
Penso se não deveria por um sinal no bolso de trás das calças a avisar do transporte de substâncias perigosas para a vida humana.
Sempre evito processos em tribunal.
Olho ao redor. Não me é muito familiar o local do despertar, mas se nem do meu nome me lembro, muito menos vou reconhecer o local.
Até para se ter uma ressaca como esta é preciso ter arte. E pelo calibre e qualidade desta, acho que vou ver se é possível registar a patente dela. Devia haver medidores de ressaca, que podiam ser denominados "Estalómetros " ou algo do género para se poder medir o tamanho da ressaca duma pessoa.
Aposto que esta batia records...
Para o próximo reveillon há mais...

2 comentários:

Anónimo disse...

Abaixo os Guronzans os KGB's e as aspirinas.
Para tratar uma Grande Tôca só outra no minimo igual.
O meu conselho para a próxima faz como eu
começa a 30 e cura-a com outra dia 31.
Claro que o Ano começa um pouco turvo mas...Aí de quem se negue!

Anónimo disse...

E quem não consegue apanhar "toucas" a sério? Somos "aliens"?! Uma amostra de bebedeira, não serve para ir a concurso?! Tá mal!!! :(

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