Sou um adepto confesso da música portuguesa. Não de toda mas da grande maioria dela e a música nos anos oitenta é para mim a preferida. O Zorze no seu blog Extrafisico trouxe-me à memória um grande ícone da década de oitenta que foi a música Patchoully do Grupo do Baile. Sempre me surpreendeu o elevado teor cultural da letra dessa música, revelando factos intemporais, fazendo com que a realidade ali retratada ainda hoje seja actual. Assim resolvi hoje dissecar a letra da mesma, deixando os meus comentários a azul:
Ai que bem cheiras, que bem cheiras dos sovacos, (ainda hoje na carris e metropolitano)
as meias rotas e os sapatos descascados,
Nas avenidas ainda fazes os teu engates, (só nas avenidas?)
e tudo graças ao perfume Patchouly...
oo oo ooh (4x)
Essas miúdas das escolas secundárias,
com cheiro a leite e o soquete p’lo artelho, (com um bocado de sorte nem trouces levam)
ficam maradas com o teu charme perfumado,
o teu perfume Patchouly...
oo oo ooh (4x)
Essas míudas das escolas secundárias
já fumam ganzas na paragem do eléctrico, (o fumar ganza já é normal hoje)
como essas barbas com mais buço que pentelho, (a evolução está a fazer subir os pêlos nas mulheres)
dobram-se em duas quando estão ao pé de ti... (o chamar ajoelhar e fazer a chamada para Tóquio)
oo oo ooh (4x)
Porque elas gostam de te ver e cheirar (se calhar gostam é cheirar o mesmo que o Maradona)
o teu perfume Patchouly (2x)
Esta música tornou-se uma expressão imemorial em termos de odor.
E como dizem por aí...
Bonjour para ti também
...mas o jacuzzi é meu
...mas o jacuzzi é meu
2 comentários:
Caro vizinho Red Eagle,
Grande recordação, c'um catano!
Hoje estou assim a modos que para o saudosista. Deve ser por estar a emborcar uma reserva... Não pela qualidade, mas por ser a última garrafa que estava escondida para uma situação de aperto. E como eu a aperto agora, caraças!
Hic Hic Hurra
Grande vizinho
Também eu tenho saudades... duma reserva... :)
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