terça-feira, fevereiro 13, 2007

Tremor de terra

Escrevo estas linhas ainda no rescaldo do tremor de terra sentido ontem pela manhã. No começo nem eu nem os meus colegas de sala nos apercebemos do que se passava.
No inicio e como as coisas se processaram o pânico foi lançado e só descansamos quando soubemos que era só um tremor de terra.
Confusos?
Passo a explicar.
No andar debaixo fica a contabilidade, onde está uma personagem que carinhosamente é apelidada de "A gorducha gasosa" devido a problemas de aerofagia, ou melhor a problemas de contenção aerofágica. Em dias de feijoada, normalmente têm de se lhe atar um pé a uma mesa para que não saia a voar, bufando gás por todo o lado.
Assim que começamos a sentir o prédio a vibrar, olhámos uns para os outros e com os olhos a abrir lenta e arregaladament, ouve alguém que a medo e meio timidamente pronunciou a palavra temida:
- GÁS!!!
O pânico ficou instalado na minha sala, e começou tudo a correr para as janelas para salvar a própria vida, pois o metano orgânico que ameaçava espalhar-se pelo prédio, com origem na contabilidade, ameaçava a vida de cada um.
Quando começávamos a lutar, qual animais irracionais, pela própria vida em frente a uma janela é que alguém se apercebeu que não só ainda não era após almoço como havia mais gente na rua a olhar em volta.
Com o ser racional a voltar a dominar comecei a pensar que ou jantar no dia anterior teria sido uma feijoada à transmontana e estava o pânico generalizado na rua, devido ao reconhecido potencial da nossa peidorrenta ou
havia algo mais.
Foi quando nos apercebemos que afinal era só um tremor de terra e aí as hostes sossegaram e cessaram as hostilidades junto da janela e cada um voltou para o seu lugar lambendo as feridas de combate.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sendo propensa a gases, sei muito bem o que é viver sob a ameaça constante dos traques alheios. Noite após noite, na calma do leito conjugal, muitas foram as vezes em que senti um tremor, não de terra, mas de ar.Hoje, por mero acaso,não no leito mas sim no local de trabalho, senti uma vibração...um agitar de solo que confundi com os sintomas da ressaca que trago comigo desde Sábado. Ninguém acusou o toque; ninguém deu conta do abalo sismico. Suponho que todos pensámos o mesmo: "...onde meti o Gurozan."

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