Não gosto de filmes domingueiros e digo-o de caras. Raramente ligo a televisão nas tardes de fim-de-semana, excepto se for para espreitar um ou outro canal verdadeiramente didáctico porque, filmes "para a família"...não, obrigada. Poderia explicar aqui o porquê de não achar nada de lúdico e/ou educativo em filmes com muito sangue, carros partidos e sexo, mas acho que, quem tenha dois dedos de testa e crianças em casa, encontrará facilmente dentro de si essa explicação. Contudo, este fim-de-semana, fui literalmente apanhada de surpresa! Foi no Sábado, se não me engano. Tive um repentino ataque de pasmaceira e liguei a televisão, já não sei se na SIC ou na TVI. Anestesiada pela indolência, deixei-me embalar por um filme supostamente para adolescentes do sexo masculino, daqueles para rir mas sem terem piada nenhuma. Mas...eis que se dá o milagre - quando já nada esperava daquele filme e começava a sentir os seus efeitos imbecilizantes, assisto a um dos mais profundos, grandiosos e realistas diálogos cinematográficos.
A cena decorre num autocarro, onde duas passageiras - uma jovem, desiludida por ter sido enganada; outra mais velha, cheia de sabedoria - começam a conversar. A jovem desabafa e diz: Os homens são todos iguais. A mais velha concorda. Então não há esperança? pergunta a mais nova. Há, diz a mais velha, mas funciona a pilhas.
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