domingo, setembro 09, 2007

Relato de merda

Recebi este texto no mail e como me identifico com ele (já me aconteceu uma situação semelhante) resolvi colocar aqui.


Quem já teve uma dor de barriga, sabe como é... esta é uma simples história que poderia ter acontecido contigo...










Aeroporto de Lisboa,
15h30m Tenho um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal,
mas nada que uma cagadela não aliviasse.
Mas, atrasado para apanhar o autocarro que me levaria para o aeroporto, do outro lado da cidade, de onde partiria o voo para Estocolmo, resolvi segurar as pontas
"Afinal de contas, são só uns 15 minutos de viagem. Ao chegar lá, tenho tempo de sobra para dar uma cagadela tranquilo".
O avião só sairia as 16h30m.
Entrei no autocarro, sem sanitários, senti a primeira contracção e tomei consciência de que a minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no wc do aeroporto.




Virei-me para o meu amigo que me acompanhava e, subtilmente, disse-lhe: "Fogo, mal posso esperar para chegar ao aeroporto porque preciso largar a farinheira."
Nesse momento, senti o cagalhão a beliscar as minhas cuecas, mas pus
a força de vontade a trabalhar e segurei a onda.
O autocarro nem tinha começado a andar quando para meu desespero, uma voz disse pelo altifalante:
"Senhoras e senhores, devido ao muito trânsito, a nossa viagem até ao
aeroporto levará cerca de 1 hora".






Aí o cagalhão ficou maluco e tentou sair a qualquer custo! Fiz um esforço hercúleo para segurar o comboio de merda.


Suava em bicas.





O meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para gozar comigo.
O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais indicando que,
pelo menos por enquanto, as coisas tinham-se acomodado por ali.
Tentava-me distrair vendo a paisagem mas só conseguia pensar numa casa de banho com uma sanita, tão branca e tão limpa que daria para almoçar nela!




E o papel higiénico então: era branco e macio e com textura e perfume e...oops!
Senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento do
autocarro e percebi consternado que havia cagado.




Um cocó sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor.
Daqueles que dá vontade de ligar para os amigos e parentes e convidá-los a apreciar, na sanita, tão perfeita obra! Daria até para a expor no CCB!



Mas, sem dúvida, não neste caso.




Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei-lhe de modo muito sério:



"Olha, caguei-me."
Quando o meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a ficar no centro da cidade, onde o autocarro faria escala a meio da viagem, e que me limpasse em algum lugar.



Mas resolvi que ia seguir viagem, pois agora estava tudo sob controlo.




"Que se lixe, limpo-me no aeroporto," -pensei - "pior do que estou não fico".


Mal o autocarro entrou em movimento, a cólica recomeçou forte.
Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar, e sem muita cerimónia ou anunciação, veio a segunda leva de merda.



Desta vez como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e lambuzando o cu, cuecas, barra da camisa, pernas, calças, meias e pés.



Logo a seguir, mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida,
das que queimam o fofo do freguês ao sair rumo à liberdade.



E, no instante seguinte, um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar...afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado??




Já o peido seguinte foi do tipo que pesa e eu caguei-me pela quarta vez.
Lembrei-me de um amigo que, certa vez, estava com tanta caganeira que
resolveu pôr um penso higiénico nas cuecas, mas colocou-o com as
linhas adesivas viradas para cima e, quando quis tirá-lo, levou metade dos
pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente.
Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia
ajudar-me a limpar a sujeira.
Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse a minha mala na bagageira do autocarro e a levasse aos sanitários do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri para a casa de banho e entrando de porta em porta, constatei a falta de papel higiénico em todas as cinco portas.




Olhei para cima e blasfemei:


"Agora chega, Pá!!"



Entrei na última porta, mesmo sem papel, e tirei a roupa toda para
analisar a minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar pela mala da salvação, com roupas limpinhas e cheirosas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.



Entretanto, o meu amigo entrou na casa de banho cheio de pressa... já tinha feito o "check- in" e disse-me que tinha que ir depressa avisar o voo
para esperarem por nós. Mandou por cima da porta o cartão de embarque e a minha maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte.




Ele tinha-se enganado na mala que eu aguardava e já tinha despachado a
mala com roupas. Na mala de mão só tinha um pullover de lã com gola em bico. A temperatura em Lisboa nesta altura era de aproximadamente 37 graus.



Desesperado, comecei a analisar quais das minhas roupas seriam, de
algum modo, aproveitáveis.





As minhas cuecas, mandei-as para o lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis, assim como as minhas meias, que mudaram de cor tingidas pela merda.




Aos meus sapatos dava-lhes nota 3, numa escala de 1 a 10. Teria que improvisar.




A invenção é filha da necessidade, então transformei uma simples casa de banho pública numa magnífica máquina de lavar.
Virei as calças do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a
parte atingida na água. Comecei a dar ao autoclismo até que o grosso da
merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar.






Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direcção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, calças vestidas do avesso e molhadas da cintura até ao joelho (não exactamente limpas) e o pullover de gola em bico sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.



Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam à espera do
"rapaz que estava na casa de banho" e atravessei todo o corredor até ao meu assento ao lado do meu amigo que sorria.



A hospedeira aproximou-se e perguntou-me se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir uma gilette para cortar os pulsos ou 130 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante, mas decidi não as pedir... e respondi-lhe com uma esforçada cara angélica:




"Nada, obrigado... eu só queria mesmo era esquecer este dia de MERDA!"

1 comentário:

um Mineiro disse...

Fantastico...fartei-me de rir.Um abraço

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