quinta-feira, setembro 13, 2007

O Marco

Ontem falei da Heidi, hoje trago outro caso de sucesso empresarial. Todos nos lembramos dos desenhos animados dum miúdo em Génova que a mãe tinha ido para a Argentina para ganhar mais dinheiro.
O seu nome Marco. É claro que muitos ainda nos lembramos da música "Vais-te embora mamã, não me deixes aqui, ..."
Apesar de ser uns desenhos animados para crianças na realidade, estes desenhos animados foram uma das grandes obras de marketing em Portugal.
Se não sabem, eu passo a explicar. Quem nunca chorou com a história do pobre rapazinho que andava à procura da mãe?
Há toda uma geração (à qual eu pertenço) que chorou copiosamente com estes desenhos animados e o sofrimento que ele inflingia nas criancinhas na altura. Mas para quem não se lembra eu recordo que estes desenhos animados eram patrocinados por marcas vendedoras de lenços de papel. E quanto mais as crianças choravam mais as empresas facturavam. Por isso é que estes desenhos se fartaram de repetir e até chegou a haver colecções de cromos, cujo impacto lacrimal não só era o mesmo como ainda era maior.
As crianças choravam pela história do Marco e choravam pelos cromos que eram difíceis de sair e que ninguém conseguia obter.
Era um especie de dois em um. O maquiavelismo das empresas dos lenços de papel na busca incessante do lucro levo-as a fazer com que fosse editado um LP com as músicas do Marco, cuja reprodução no gira-discos dava igual direito a lágrimas (sei de um rapaz que punha o LP com as músicas do Marco, e chamava os vizinhos para verem a irmã mais nova a chorar).

1 comentário:

Anónimo disse...

Bons tempos de criança (mesmo ridicularizados desta forma).
Porque é que crescemos e nos tornamos tão racionais e calculistas?

É tão bom a inocência de criança...

Bjks

Ice

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