Aqui há dias, numa das minhas visitas à sogra, resolvi matar o tempo com a literatura disponível em cima da mesinha da sala - uma pilha de revistas "Maria".
A revista "Maria" é uma das mais antigas publicações dedicadas ao público feminino. Ainda não tinham dado à estampa as "VIP", "Caras" e outras trampas que tais e já as nossas mães e avós folheavam a "Maria" entre uma lavadela de loiça e um descascar de batatas. A "Maria" (perdoem-me a repetição) era uma revista para "domésticas", um espaço de notícias parôlas, de receitas de cozinha e novela cor-de-rosa. Já então existia uma secção dedicada ao aconselhamento sentimental, onde eram publicadas as dúvidas de supostas leitoras amarguradas e dadas as devidas respostas, imprecisas, por uma qualquer psicóloga ou astróloga paga à peça.
A "Maria" de hoje mantém o seu conteúdo boçal de outros tempos, mas evoluiu no sentido de satisfazer uma nova ordem de leitoras (e leitores, agora também), igualmente embrutecidas como as suas antecessoras, ávidas de estímulos sexuais, mas não necessariamente domésticas como as outras. Embora inclua os resumos das 500 novelas que atafulham os canais da televisão portuguesa, é no correio sentimental que o abandalhamento assume as suas proporções máximas.
Fiquei a imaginar a minha sogra, com os seus 60 e muitos, no consolo do lar, a ler aquilo....!!!!
A revista "Maria" é uma das mais antigas publicações dedicadas ao público feminino. Ainda não tinham dado à estampa as "VIP", "Caras" e outras trampas que tais e já as nossas mães e avós folheavam a "Maria" entre uma lavadela de loiça e um descascar de batatas. A "Maria" (perdoem-me a repetição) era uma revista para "domésticas", um espaço de notícias parôlas, de receitas de cozinha e novela cor-de-rosa. Já então existia uma secção dedicada ao aconselhamento sentimental, onde eram publicadas as dúvidas de supostas leitoras amarguradas e dadas as devidas respostas, imprecisas, por uma qualquer psicóloga ou astróloga paga à peça.
A "Maria" de hoje mantém o seu conteúdo boçal de outros tempos, mas evoluiu no sentido de satisfazer uma nova ordem de leitoras (e leitores, agora também), igualmente embrutecidas como as suas antecessoras, ávidas de estímulos sexuais, mas não necessariamente domésticas como as outras. Embora inclua os resumos das 500 novelas que atafulham os canais da televisão portuguesa, é no correio sentimental que o abandalhamento assume as suas proporções máximas.
Fiquei a imaginar a minha sogra, com os seus 60 e muitos, no consolo do lar, a ler aquilo....!!!!
Nota: Qualquer semelhança com a revista que costuma ler na sala de espera do seu dentista é pura realidade.
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