segunda-feira, junho 30, 2008

Promessas...

Sei de alguém que deveria ir para a política... Nunca pensei que alguém da minha confiança me fizesse uma promessa socratiana. Sinto-me traído.
Ainda por cima a conjuntura desfavorável não pode ser argumento, quando eu levei o dia a tentar por o martelo nas mãos de quem fez a promessa, como forma de garantir as condições e instrumento para prossecução da promessa.
Eu desconfiei que a promessa não seria cumprida, quando perto das nove e trinta houve uma saída à pressa com pretexto de ir ao Curry Cabral dar sangue.
Ainda ganhei algum alento às 10h30, mas houve logo outra plausível causa para adiar como o é uma doação dum rim.
Durante a tarde nem foi possível tentar levar a cabo o prometido. Por alguns momentos atravessou-se-me no espirito em acto de desespero e auto-flagelação infligir-me a mim próprio a martelada no rótula, mas aí seria sem testemunhas e para poder alegar acidente de serviço é necessário testemunhas.
A imolação pelo fogo foi igualmente considerada, mas com o calor que está não é muito agradável...



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A depressão

Não sei porquê sinto-me deprimido. Esta é, sem dúvida, uma das piores segundas-feira da minha vida. Não sei se é pelo facto de ser segunda-feira, mas suspeito que o facto de esta ser a minha "primeira" segunda-feira em três semanas é capaz de ter alguma grande influência no meu estado de espirito.
Só não é pior porque alguém prometeu que me ia partir a rótula deixando cair algum equipamento no meu pé, o que vai me garantir mais 3 ou 4 semanas em casa. Isso aligeira um pouco a minha depressão e rejuvenesce o meu estado de espirito, mas o pensamento que me ocorreu assim que ouvi o despertador foi:
"Meu deus, porque não nasci rico????"
Proponho que se faça um referendo para a alteração dos fim de semana. O plano seria este:
  • toda a gente odeia as segundas-feira;
  • as terças estão logo a seguir em termos de hierarquia de ódio (quase ex-quo com as sogras);
  • todos gostamos do sábado e do domingo;
  • então mudar os fins de semana para a segunda e terça-feira.

O plano original até era abulir as segundas e terça feiras do calendário, mas não sejamos demasiado ambiciosos e radicais. Pouca gente aprecia essas as caracteristicas, e quando em conjunto....

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domingo, junho 29, 2008

sábado, junho 28, 2008

Não há mulheres feias...


"...há sim homens poucos bebâdos..."

By Ninja
(encostado ao balcão do Pão na Cabeça)

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sexta-feira, junho 27, 2008

Pensamento do dia

O cérebro é um órgão maravilhoso. Começa a trabalhar logo que acordamos e só pára quando chegamos ao serviço.

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quinta-feira, junho 26, 2008

País.....SOCRATIANO

Recebi este texto por mail e como me pareceu adequado reproduzo aqui.
A ANEDOTA em que se transformou o País do Sócrates:
-Uma adolescente de 16 anos pode fazer livremente um aborto mas não pode pôr um piercing.
-Um cônjuge para se divorciar, basta pedir.
- Um empregador para despedir um trabalhador que o agrediu precisa de uma sentença judicial que demora 5 anos a sair.

- Na escola um professor é agredido por um aluno. O professor nada pode fazer, porque a sua progressão na carreira está dependente da nota que dá ao seu aluno.
- Um jovem de 18 anos recebe €200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma €236 depois de toda uma vida do trabalho.
- Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco.
- O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro.
- O Estado que queria gastar 6 mil milhões de euros no novo Aeroporto da Ota recusa-se a baixar impostos porque não tem dinheiro.
- Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2 000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias.
-Numa empreitada pública, os trabalhadores são todos imigrantes ilegais, que recebem abaixo do salário mínimo e o Estado não fiscaliza.
-Num café, o proprietário vê o seu estabelecimento ser encerrado só porque não tinha uma placa a dizer que é proibido fumar.
- Um cão ataca uma criança e o Governo diz que vai fazer uma lei.
-Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa é das causas sociais.
- O IVA de um preservativo é 5%. O IVA de uma cadeirinha de automóvel, obrigatória para quem tem filhos até aos 12 anos, assim como o das fraldas descartáveis, é 21%.
-Numa entrevista à televisão, o Primeiro-Ministro define a Política como 'A Arte de aprender a viver com a decepção'.
-Um polícia bate num negro é uma atitude racista, um bando de negros mata 3 polícias, não estão inseridos na sociedade.
- Um presidente de um clube de futebol, fala com o árbitro para favorecer a sua equipa, esta mesmo desce de divisão, se lhe der dinheiro é subtraído 6 pontos.

- Um clube inscreve um jogador mal, são lhe retirados 6 pontos, um clube suborna um arbitro são lhe retirados 6 pontos.
- O café da esquina fechou porque não tinha WC para homens, mulheres e empregados, no Fórum Montijo a WC da Pizza Hut fica a 100mts, nem tem local para lavar mãos.
- O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros porque não paga ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos).

Esta ouvi na Antena 1, passou-se na Ericeira com o Presidente da Junta de Freguesia que vai ter de repor o Estado uma avultada quantia, calculada em vão de escada, aquelas estimativas académicas que tanto servem para Lisboa como para um meio pequenino ....

- O ministério do ambiente incentiva o uso de meios alternativos ao combustível, no edifício do ministério do ambiente não há estacionamento para bicicletas, nem se sabe de nenhum ministro que utiliza a bicicleta.

- Nas prisões é distribuído gratuitamente seringas por causa do HIV, mas como entra droga nas prisões?

- No exame final de 12º ano és apanhado a copiar chumbas o ano, o primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa, mandou por faxe e é engenheiro.

- A inflação para ter os valores que tem, é baseado em que produtos? Eis a lista:
ÁGUA DE MARIALVA, MARGARINA MARIA INÉS, PAO DE TRIGO DAS BERLENGAS,SAL PURIFINADO DAS ILHAS SELVAGENS, COUVE DE AMARELEJA, FEIJAO BANHA,CARNE DE SUINO ISRAELITA, LEITE DE LAMA, AZEITE IMPORTADO DOSURINAME, BANANAS DA ISLANDIA, FRALDAS DESCARTAVEIS PARA ADULTOS COM 2,15 MTS, PASSE SOCIAL ENTRE AS ILHAS SELVAGENS, CARNE DE DINOSSAURO,PEIXE RARO, CAMARÃO DE TROMBA ARREGAÇADA, CHOCOS COM TINTATRANSPARENTE, ALHOS DO SRILANKA, AZEITONAS DA GUATEMALA, LIMOES DOSARA OCIDENTAL, ARROZ DA JORDANIA, CARACOIS DA MONGOLIA, TOMATES DELILLIPUT E SABÃO MERCURIAL DA ETIÓPIA.

Com estes produtos e a sua variação anual se fixa a taxa deinflação em Portugal de 2,1%

- Um jovem de 14 mata um adulto, não tem idade para ir a tribunal, um jovem de 15 leva um chapada do pai, por ter roubado dinheiro para droga é violência doméstica.
- Uma família a quem uma casa ruiu e não tem dinheiro para comprar outra o estado não tem dinheiro para fazer uma nova, tem de viver conforme podem, 6 presos que mataram e violaram idosos numa sela de 4e sem wc privado, não estão a viver condignamente e associação de direitos humanos faz queixa ao tribunal europeu.

- Militares que combateram em África a mando do governo da época não lhes é reconhecido nenhuma causa nem direito de guerra, o primeiro-ministro elogia as tropas que estão em defesa da pátria noKOSOSO, AFEGANISTÃO E IRAQUE.

- Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem, não pagas as finanças a tempo e horas passado um dia já estas a pagar juros.

- Fechas a janela da tua varanda e estas a fazer uma obra ilegal, constrói-se um bairro de lata e ninguém vê.

- Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos pões a trabalhar contigo num oficio respeitável, é exploração do trabalho infantil, se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe.

- O primeiro-ministro diz que o serviço de saúde com as medidas tomadas está mais prático e eficiente, não há registo de na última década alguém ter visto, ministro, esposa ou enteados nos SAP´s.

- Sai uma lei que proíbe o tabaco em áreas fechadas para não contaminar o ar dos outros e o PM fuma nos voos em que desloca em'serviço'
- ETC...


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quarta-feira, junho 25, 2008

Centro de saúde

Na minha actual condição, tenho passado algumas experiências que são novas. Uma delas passou-se à dias atrás quando tive de me dirigir ao centro de saúde. Lá fiz eu parte do estereotipo da pessoa que se teve de levantar a uma hora que a maioria das pessoas com alguma vida social se está a deitar.
Não levei o frasquinho da urina, mas ainda estive tentado e realizar essa proeza. Depois enfrentei uma fila geriátrica, onde se trocava comentários, opiniões sobre médicos e medicamentos.

Às oito da manhã abriu o centro de saúde, já os respectivos utentes estavam todos a afivelar-se uns contra os outros, como se tratasse de um bando de mulheres à espera da abertura da Massimo Dutti com saldos a 70%.

Após alguns rosnados de marcação de território (aqui seria mais de posição na fila de espera) lá entramos ordeiramente (quer dizer, uns mais ordeiramente que outros) para sermos atendidos pelo "Sô Tôr".






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terça-feira, junho 24, 2008

Quem é ele?

Já nasceu.
José Rodrigo de seu nome, esperemos que lampião de afinidade desportiva como manda a boa tradição.


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segunda-feira, junho 23, 2008

Parecem bandos de pardais...

Desloquei-me recentemente a um hospital, mais concretamente à unidade de obstretricia e deparei-me com uma situação que a ter sido planeada, tem requintes de malvadez. Para enquadrar as coisas deixem-me referir que a platéia era composta por mulheres em adiantado estado de gravidez e pelos seus respectivos (alguns autênticos mártires da paciência infinita).
E é escusado referir que, ou por pudor deles ou tabu delas a maioria dos homens teria de certeza os deveres conjugais em atraso, pelo que haveria muita escrita em atraso.
Ora, neste contexto eis que surge a peça fundamental do post de hoje. Foi colocado uma administrativa para recepcionar as utentes desta unidade, mas não foi uma administrativa qualquer.
A pessoa em questão é uma mulher de cabelos castanhos escuros, perto de metro e oitenta, com "tudo no sítio".
Se em circunstâncias esta mulher já chamava a atenção dos homens, neste contexto só me lembrava da seguinte imagem:




Posso jurar que cheguei a ver alguns homens a salivarem e o quadro mais comum era o das respectivas falarem e eles nem estarem a ouvir. Nunca foi tão utilizado o lamento:

- "Tu nunca me ouves" e

- "Parece que estás com a cabeça na lua"

Se houvesse um indicador destes lamentos por m2 aposto que naquela unidade foram batidos alguns records.

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domingo, junho 22, 2008

Ronaldo Íntimo

A TVGuia continua a surpreender pela positiva. Sempre preocupada em manter os portugueses informados, todas as semanas a revista põe os seus leitores ao corrente da programação televisiva, dá detalhes importantíssimos sobre o desenrolar das telenovelas do momento e revela as peripécias da vida de portugueses famosos ligados ao mundo do espectáculo. Em suma, literatura da melhor qualidade para abrilhantar as salas de espera dos consultórios médicos e esclarecer todos aqueles que, por contingências da vida, não conseguiram terminar a escolaridade obrigatória ou o fizeram dentro dos parâmetros do actual sistema de ensino.

Esta semana a revista trouxe um artigo imperdível que dá pelo título de capa "Ronaldo Íntimo". Apesar do tamanho grande e sorridente do "Fernanda conta tudo" (os portugueses pelam-se por dramas pessoais), o olhar desvia-se logo para o Ronaldinho que, em cuecas de pugilista (vulgarmente conhecidas em Portugal por boxers), ainda por cima pretas, se deixou apanhar pela objectiva do fotógrafo quando calçava ou descalçava a peúga. Esta dúvida do calçava/descalçava a peúga, sugeria que talvez no interior da revista o futebolista retirasse a outra peça de roupa e que, melhor ainda, fossem reveladas outras intimidades de alcova como, por exemplo, quantos traques dá ao acordar, com que mão coça o escroto a caminho da casa de banho, o que faz aos macacos que tira do nariz, qual a técnica de masturbação preferida e por aí fora. Intimidade é isso mesmo, não é verdade?! Até porque nem só de futebol vive o homem.

Infelizmente não consegui comprar a revista e foi a muito custo que consegui sair ilesa da papelaria, tal foi a zaragata que se instaurou por causa do último exemplar exposto. Espero que uma alminha caridosa ma empreste nos próximos dias.

Superbock, Super Blog Awards

Super Bock Super Blog AwardsA Super Bock lançou um concurso que se destina a premiar os melhores blogs.

Apesar deste pasquim ser uma autêntica pérola literária, possivelmente muito acima dos pergaminhos a que esta disputa almeja chegar, é com um grande espirito de humildade e de sacrificio, reconhecendo as forças e fraquezas desta equipa de escribas, que nos resolvemos a participar no SuperBock, Super Blog Awards.

Foi, pois, necessário proceder a uma alteração no visual do blog - colocar em permanência a imagem que consta aqui do lado direito, onde os Chalados que por aqui parem (sei de alguns casos em que até pernoitam, mas os sofás e os sacos cama virão a seguir) deverão clicar a fim de expressarem através do voto o seu enorme apreço pela nossa existência. A fase de votação comeca a 01/07/2008. A confiança da equipa é muito grande pelo que se espera uma boa participação por parte deste blog.



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sábado, junho 21, 2008

Notícia de ficção científica

Desconhecia que o Correio da Manhã, essa grande instituição literária nacional, também publicava notícias de ficção cientifica.

Não lí o conteúdo da notícia, mas o título dela indica logo do que se trata:


Qualquer pessoa sabe que um divórcio sem culpa, só existe no plano de existência do Abominável Homem das Neves e do Monstro do Lago Ness, ou seja no Mundo do Lá-Lá-Lá.
Não conheço um divórcio cuja causa não seja provocada pelo facto de as pessoas que se divorciam terem tido a triste ideia de casarem.
E sendo a segunda grande causa do divórcio as mulheres este número não vai abrandar. Em relações gays não há esta taxa de separação, pelo simples facto que não há ninguém a reclamar:


  • do futebol;

  • dos amigos;

  • do tempo passado na internet;

  • da tampa do wc levantada;

  • ...;

e todo o sem fim de infundadas reclamações por elas apresentadas


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sexta-feira, junho 20, 2008

Afinal quem é que manda?!



É da natureza que vêm os melhores exemplos.



Violência doméstica...no masculino.

Desde tempos imemoriais que a prática do espancamento da esposa se encontra amplamente difundida em todas as culturas. Na sociedade ocidental, dita civilizada, essa prática tem sido alvo de crítica e de denúncia. Ao contrário do que acontece em países onde sovar a mulher é até aconselhado (Médio Oriente e outras regiões cujo clima favorece o desenvolvimento de mentes embrutecidas) em Portugal o agressor é penalizado por lei, caso seja apresentada queixa. E se o agressor for agressora?

É um facto que também a mulher é capaz dos maiores actos de malvadez para com o seu parceiro, tendo-se tornado especialista numa das mais elaboradas formas de violência doméstica - a violência psicológica. Também as há capazes de arrumar o marido com uma cadeira no lombo mas, bem mais eficazes, são as palavras ditas no momento certo. Por exemplo, quando a mulher agride o marido com a afirmação: "És um impotente!", embora na maior parte dos casos seja verdade, está a ferir de forma irreversível a auto-estima do mesmo e as sequelas psicológicas com que ele fica são susceptíveis de provocar quebra de rendimento no trabalho, dificuldades de micção ou até mesmo suicídio.

Esta e outras situações raramente são denunciadas pela vítima - não há registo nas esquadras da PSP de queixas masculinas invocando que a mulher lhe chama à meses de impotente ou que goza, à frente dos filhos, com o tamanho do seu membro viril. Por vergonha ou falta de esclarecimento, muitos homens continuam a sofrer em silêncio e as agressoras continuam impunes.

Portugal de luto

Nas janelas ondula ainda a bandeira nacional, mas um pesado silêncio abateu-se sobre o País. Portugal foi ontem corrido do Euro2008, após ter sido desancado pela equipa germânica em Basileia. Que mais poderá acontecer aos portugueses?!
Esta madrugada registou-se uma afluência aos hospitais sem precedentes, sendo que a maior parte das entradas nas urgências foi resultante de colossais bebedeiras e tentativas de suicídio. A PSP também não teve mãos a medir, tendo sido detetido um grupo de manifestantes que, às 3 horas da madrugada, se juntou às portas do Palácio de Belém, acusando Cavaco Silva de ter metido farinha de sapo no sumo de laranja e nos croquetes que foram servidos aos jogadores da Selecção Nacional antes da sua partida para a Suiça.

"Depois do aumento do tabaco, da escalada do preço dos combustíveis e com o adiamento dos reembolsos do IRS,a derrota da Selecção Nacional pode afundar os portugueses numa depressão sem limites." confessou Ernesto Rodinhas ao jornalista deste pasquim.

Ernesto Rodinhas
visivelmente abalado

Uma vez que está previsto um aumento de 200% no preço da cerveja e do Viagra, o governo de Sócrates prepara já uma reunião de emergência a fim de tomar medidas preventivas de salvação, pois segundo consta não cabem todos no bunker.

quinta-feira, junho 19, 2008

Como dar um comprimido a um gato

Como eu sei que alguns leitores deste pasquim possuem animais de estimação, ou até sogras, resolvi hoje fazer serviço público, e deixar aqui um manual de como dar um comprimido a um gato. Então:

1. Pegue o gatinho e aninhe-o no seu braço esquerdo como se segurasse um bebê, tendo o comprimido na palma da mão esquerda. Coloque o indicador e o polegar da mão direita nos dois lados da boquinha do bichano e aplique uma suave pressão nas bochechas. Quando o felino abrir a boca, pegue rápido o comprimido da palma da mão esquerda e atire-o lá para dentro. Deixe o gato fechar a boquinha e engolir.

2. Recupere o comprimido do chão e o gato de detrás do sofá. Aninhe o gato novamente no braço esquerdo e repita o processo.

3. Vá ao quarto buscar o gato e jogue fora o comprimido meio desfeito.

4. Retire um novo comprimido da embalagem, aninhe o gato no seu braço, segurando firmemente as patas traseiras com a mão esquerda. Obrigue o gato a abrir a mandíbula e empurre o comprimido com o indicador direito até o fundo da boca. Mantenha a boca do gato fechada e conte até 10.

5. Recolha o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Chame a sua esposa para ajudar.

6. Ajoelhe-se no chão, tendo o gato firmemente preso entre os joelhos. Segure as quatro patas. Ignore os rosnados ameaçadores do gato. Peça à sua esposa que segure firmemente a cabeça do bichinho com uma mão e force a ponta de uma régua para dentro da boca do gato com a outra. Ela deve deixar rolar o comprimido pela régua e esfregar vigorosamente o pescoço do gato.

7. Desça o gato de cima da cortina e retire outro comprimido da embalagem. Tome nota mental de que precisará adquirir outra régua e mandar consertar as cortinas. Cuidadosamente varra os cacos das estatuetas e dos vasos do meio da sala e guarde-os para colar mais tarde.

8. Enrole o gato numa toalha grande e peça à sua esposa que se deite por cima de forma a que apenas a cabeça do gato apareça por debaixo do sovaco dela. Instale o comprimido na ponta de um canudinho, obrigue o gato a abrir a boca e mantenha-a aberta com um lápis atravessado. Assopre o comprimido do canudinho para dentro da boca do gato.

9. Consulte a bula para verificar se comprimido de gato faz mal a ser humano. Tome uma cerveja para lavar o gosto da boca. Faça um curativo no antebraço da sua esposa e remova as manchas de sangue do carpete com água fria e sabão.

10. Retire o gato do galpão do vizinho. Pegue outro comprimido. Abra outra cerveja. Coloque o gato dentro do armário e feche a porta até o pescoço de forma que apenas a cabeça fique de fora. Force a abertura da boca do gato com uma colher de sobremesa. Jeitosamente, utilize um elástico como atiradeira para lançar o comprimido pela garganta do gato.

11. Procure uma chave de fenda e ponha a porta do armário novamente no lugar. Tome a cerveja. Procure uma garrafa de cachaça. Tome um traguinho. Aplique uma compressa fria na bochecha e verifique a data da sua mais recente vacina contra tétano. Aplique uma compressa de cachaça na bochecha para desinfetar. Tome mais um traguinho. Jogue a camiseta no lixo e procure outra no quarto.

12. Ligue para os bombeiros, pedindo que venham retirar o desgraçado do gato lá de cima da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou ao tentar desviar-se do gato em fuga. Retire o último comprimido da embalagem.

13. Amarre as patas da frente às patas de trás desse danado e prenda-o firmemente à perna da mesa de jantar. Nas mãos, ponha luvas de couro. Do quintal, puxe a mangueira. Empurre o comprimido para dentro da boca da besta, seguido de um pedaço de carne. Segurando firmemente a cabeça desse terror felino, mande-lhe meio litro de água goela abaixo, para que o comprimido desça.

14. Tome o que sobrou da cachaça. Peça à esposa que o leve ao pronto-socorro mais próximo. Aguente firme enquanto o médico lhe costura os dedos e o antebraço e retira os restos do comprimido de dentro do olho direito. Lembre-se: "homem não chora". A caminho de casa, use o celular para falar com as casas de móveis para se informar sobre o preço de uma nova mesa de jantar.

15. Peça à Liga de Proteção aos Animais que mandem um funcionário com urgência para recolher o raio desse bichinho mutante. Ligue para a loja dos animais e pergunte se eles têm tartaruguinhas para vender.



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quarta-feira, junho 18, 2008

As vantagens

Lentamente tenho me apercebido que a actual condição também trás vantagens. Uma das vantagens é o facto de que nos transportes públicos há sempre alguém que oferece o lugar para eu me sentar.
Em situações normais, posso ir muito carregado que ninguém se incomoda ou digna a olhar, no actual estado posso até nem levar nada comigo, que no entanto há sempre um bom samaritano(a) que me oferece o lugar, sendo uma ofensa uma recusa minha...
Outra vantagem é o facto de eu desconhecer o que é uma fila de supermercado desde que fiquei com o braço engessado. Quando não me oferecem para passar à frente, normalmente há sempre uma solicita funcionária que me encaminha para uma caixa prioritária.
Já para não falar das vantagens que há para com o sexo oposto, pois um braço nestas condições, um ar de sofrimento, uma história triste acompanhada duns olhos mais tristes ainda é sinal de facturação garantida.
Eu até já pensei em aranjar um gesso amovível...


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terça-feira, junho 17, 2008

Condomínio ou a dificil arte de aturar o vizinho - II


Em todos os condomínios, não havendo regra em contrário, há sempre quem tenha animais de estimação. É um facto que nem todas as espécies se adaptam a um apartamento, por isso a maioria das pessoas opta por animais de pequeno porte como os peixes de aquário, os cágados, os piriquitos e os bichos da seda. Os mais temerários e carentes, avançam para bichos peludos como o gato e têm normalmente o cuidado de o esterilizar, a fim de evitar enlouquecer, nos meses cruciais, com os seus miados cavernosos. Mas há quem não goste de gatos e prefira o cão - é aí que começam os problemas.
Alguns vizinhos meus têm cães. Os mais cuidadosos optaram por raças minúsculas que, embora com um aspecto ridículo (tremem por todos os lados ou andam de laçinho no toutiço), têm a vantagem de ocupar pouco espaço no elevador, de fazer mijas mais pequenas nos patamares e do seu ladrar enervante ser menos audível que o das raças de grande porte. Isto é aceitável. Mas o que dizer daqueles que, por razões que escapam ao entendimento, optaram por um Rottweiler ou um Labrador?!

Aqui há uns anos um dos meus vizinhos era dono de um Rottweiler. Invariavelmente cruzavamo-nos no elevador e o animal, com os seus 60 quilos (como afirmava o dono orgulhosamente) era bem maior que qualquer uma das minhas filhas. O bicho era manso, mas sempre que nos via pulava de alegria e distribuia lambidelas intercaladas com sonoros latidos. Eram viagens dantescas - o elevador abanava; os latidos eram ensurdecedores; saímos a tresandar a cão por todos os lados. Nunca me queixei, porque até gostava dele e o dono era um descanso para os olhos. O animal acabou por morrer de enfarte e o dono consolou-se com uma mota que não cabe no elevador.

Esta história toda para contar uma outra, relacionada com a cadela da minha vizinha do lado (cadela mesmo...não é a vizinha, coitada!). Trata-se de um espécime estranhíssimo, grotesco, digno da imaginação de um Tolkien. Chamamos-lhe o cão-vaca, porque de facto tem vagas semelhanças com esse mamífero ruminante - o corpo grande e enchouriçado de tão gordo, está revestido de um pelo branco sujo com malhas castanhas. A cabeça, pequena em relação ao corpo, tem dois olhos encarniçados e esbugalhados, que o animal revira, sempre desconfiado e rancoroso. Ora o cão-vaca ladra, ladra e ladra. Sempre que alguém acede ao patamar ele dá logo o sinal - atira-se, enlouquecido, contra a porta da sua casa e é um problema para se acalmar.
Há coisa de umas duas semanas, ao final do dia, o improvável aconteceu...é que eu tenho um gato!

Tudo aconteceu muito rapidamente. Eu tinha a porta de casa aberta e a minha vizinha também. O meu gato, resolveu ir cheirar o patamar e ...zassss...entra em casa a grande velocidade, perseguido pelo cão-vaca. A fuga terminou debaixo da minha cama, com o cão-vaca encarniçado a tentar alcançar o gato. Foi a vizinha quem deitou a mão à alimária, lhe meteu a trela e a arrastou para fora da minha casa com grande estardalhaço. Pacificados os ânimos, a dita senhora pediu-me desculpa, mas acrescentou: "Olhe que tem de ter cuidado. Não pode deixar o seu gato andar assim, à solta, na escada." Está visto quem manda no patamar! Calei-me, porque até nos damos bem, eu e a vizinha. Mas, qual o meu espanto, quando no dia seguinte, rente à hora do jantar, me bate o administrador do prédio à porta: " Desculpe vizinha, mas a senhora que mora no andar abaixo do seu apresentou-me uma queixa de violência doméstica. Está tudo bem consigo e com o seu marido? É que parece que foi uma discussão muito feia ontem ao fim do dia..."


segunda-feira, junho 16, 2008

O gato que gaguejava

A professora explicava na aula de biologia para o quarto ano de estudantes de ensino básico:
- Os Humanos são os unicos animais que gaguejam.

Uma miúda levanta a mão e diz:
- Eu tinha um gato que gaguejava.

A professora, sabendo como as histórias se tornam preciosas, incentiva a garota a relatar o incidente.

- Bem, eu estava no quintal de casa com meu gatinho e o rottweiler que mora na casa ao lado veio a correr, saltou o muro e, de repente, estava ao pé de nós...

- Então foi muito assustador? - disse a professora.

- Foi sim!!! - disse a garota.

- O meu gatinho começou 'Fffff... Fffff... Fffff...' e, antes que conseguisse dizer ''FFFoda-se'', o rottweiler comeu-o!!!


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domingo, junho 15, 2008

Etiqueta na hora do sexo

Mais uma vez a fazer serviço público, vou aqui divulgar umas normas de etiqueta que recebi por email. É um texto em português do lado de lá do oceano, mas para perceber perfeitamente.

PARA AS MULHERES:

© Nunca, em hipótese nenhuma, use calcinha furada.

© No dia em que você sair com aquela calcinha mais fuleira, pode ter certeza que vai ser o dia que você vai tirar o pé-da-lama!

© Não faça performances que você não sabe. Tentar coisas novas é bom, mas transar em cima do lustre não fica legal.

© Depile-se. Se vira...Ande com gilete na bolsa... Fique a melhor amiga da depiladora... e mantenha as partes em ordem.

© Não fale : '- Tira a mão daí!!'. Se você está na chuva, se molhe.

© Homem não gosta de transar de luz apagada.

© O cara quer virar e dormir? Qual o problema? Vire e durma primeiro que você vai ver só a repercussão que isso causa na mente alheia.

©Cuidado. Gemer é uma coisa. Mugir, latir é outra.

PARA OS HOMENS:

© Se já inventaram o gel lubrificante, use-o. Nada de tentar comer a bundinha da sua namorada à seco ou com os derivados do leite... Como por exemplo: requeijão, yogurt, sorvete,Leite de Aveia Davene, ou qualquer outra coisa. Tem KY pra vender na farmácia do lado da tua casa.

© Porque os homens sempre coçam o saco? Parem de coçar e lavem ele. Saco fedido é o 'ó'.

© Não transe de relógio. Não é nada legal tomar uma relojoada na cabeça.

© Os psicólogos sempre dizem que nós somos aquilo que nós acreditamos ser. Se você tem um pinto pequeno... Você pode achar que ele é grande... Se você acredita nisso, problema é seu. Não tente me convencer disso, porque é inútil.

© Uma palmadinha é sempre bom. Porém, tenha noção das paradas. Um tapinha é diferente de uma pancadaria.

© Acúmulo de ar na perereca é normal. Sem critério é dizer: 'Amor, sua pepeca está peidando....!'.

© Tome cuidado com o que vai falar e a hora que isso é dito. Um clima de amor, remember .... Eu te amo pra lá... Eu te amo pra cá... E de repente, do nada: 'Chupa meu pau!' Isso não é legal.

© Peidou? Ria... Porque vai tranzar de qualquer jeito!


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sábado, junho 14, 2008

Um em cada dois vai à sua vida!!!!

Falei ontem do dia de Santo António ser o dia do advogado. Apesar de ser chamado de visionário (nem que seja por mim quando me olho ao espelho), gosto sempre de reforçar as minhas teses (ainda que elaboradas em momentos de inspiração em locais onde outras pessoas simplesmente defecam ou urinam) com factos ou documentalmente.
Saiu dias atrás uma notícia onde para além dos custos dum divórcio apresentava uma estatística curiosa, pois dizia que um em cada dois casamentos termina em divórcio. Para mim esta estatística é demasiado optimista e falaciosa:


  • Optimista porque há pessoas que já somam mais que um casamento e igual número de divórcios. Um vizinho meu cada vez que casa já pede ao padre para substituir a frase " ...até que a morte os separe" por "... até que o divórcio os separe";

  • Falaciosa porque um homem quando casa, divorcia-se dos amigos, do futebol e de toda e qualquer coisa que lhe dê prazer por culpa da "tronga" que arranjou lá para casa, até ao divórcio final com a dita cuja propriamente dita. E assim um casamento acaba por ter mais que um divórcio.

Reproduzo aqui a noticia que li.

in Correio da Manhã

Em 2005 oficializaram-se 48 671 casamentos e 22 853 divórcios, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Estes números equivalem a quase um divórcio para cada dois casamentos.

Dos divórcios consumados, a esmagadora maioria (93,5 por cento) foram de "mútuo consentimento", com apenas 6,4 por cento de processos "litigiosos". Destes 1453 casos litigiosos, 877 deveram-se a "violação culposa dos deveres conjugais" (como, por exemplo, adultério), 505 traduziram uma "separação de facto", 70 resultaram da "ausência" de um cônjuge e um deveu-se a "alteração das faculdades mentais".

No passado dia 30 de Janeiro, como o CM então noticiou, o Governo criou, em seis conservatórias do País, o balcão Divórcio com Partilha, retirando burocracia à dissolução do casamento e "reduzindo os custos em cerca de 40 por cento" nos cálculos do próprio Governo. A medida foi de imediato criticada pela Igreja Católica, que a classificou de cedência ao "facilitismo" e "à falta de valores".
E como dizem por aí
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sexta-feira, junho 13, 2008

Santos Populares

Depois de um ano de muito sofrimento, em que a larga maioria dos portugueses teve de apertar o cinto e amochar perante os desmandos da classe política, eis que o estado do tempo, o futebol e os santos populares, vêm trazer alguma alegria. Assim, este fim-de-semana precoce, pelo menos para os que trabalham na capital do ex-Império (que é como quem diz, Lisboa), adivinha-se replecto de vinho, cerveja, futebolada até mais não, tudo devidamente acompanhado com uns escaldões em Carcavelos ou na Trafaria. Os portugueses merecem, caramba!

Deus..escreve direito por linhas tortas.



Este ditado popular tem sido erroneamente interpretado. O que na verdade quer dizer, é que Deus é canhoto, disléxico ou não passou da 2ª classe. Porque, verdade seja dita, este mundo está cheio dos gatafunhos dele.


Dia de Advogado

Hoje é comummente aceite como sendo o dia de S. António mas, para mim, é dia de Advogado. Por acaso há algo que comova MAIS um advogado que a tradição dos casamentos de Santo António? A meu ver não. Eu se fosse advogado, para além de me especializar em divórcios, sentir-me-ia comovido até às lágrimas ante tanto casamento no Santo António, pois assim poderia alargar naturalmente a carteira de clientes. Qual é profissional que não gosta de ver o seu mercado crescer?
Se é portuguesa a tradição do casamento, ainda mais portuguesa é a do casamento de curta duração, assegurando assim a subsistência de tantos advogados.
Presto hoje a minha homenagem a esses profissionais que, numa altura de crise, viram o seu mercado crescer mais um pouco.

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quinta-feira, junho 12, 2008

Os kotas querem-se...kotas.

O que é isso de ser "kota"? Em adolescentês significa ser "velho", "ultrapassado" e o termo é aplicado a qualquer pessoa, familiar ou não, com 30 ou mais anos (às vezes menos). Até aqui nada de novo, pois desde os anos 60 do século passado que começaram a ser usadas determinadas palavras pelos adolescentes e afins, não apenas para fazer a distinção entre os jovens e os menos jovens, mas também para salientar uma suposta postura moderna/revolucionária por oposição a uma outra tracionalista/reaccionária. Termìnologias à parte, é desta matéria que surgiram algumas das mudanças mais profundas na sociedade ocidental actual, do confronto entre o "novo" e o "velho", dessa arrogância própria de quem é jovem em termos etários e se julga capaz de mudar o mundo. O século XX foi fértil em movimentos estudantis, modas, estilos de vida alternativos, mas ninguém obrigava os "velhos" (termo muito usado, então) a ser velhos. Hoje, o "kota" é obrigado a ser "kota", sob pena de ser apontado a dedo e criticado por não andar a arrastar as pantufas pela casa.
Aqui há dias, numa conversa informal de pastelaria, uma jovem dos seus 15 anos desfazia na mãe de uma colega. Afirmava ela que a dita senhora era maluca, porque vestia tops como a filha e andava de barriga ao léu e dizia isto com o ar mais escandalizado que se possa imaginar. Mas, este é apenas um exemplo de muitos. Uma/um "kota" ser apanhado na Net em jogatanas virtuais é, no mínimo, uma heresia e os seus gostos musicais não podem, nem devem passar, do Toni Carreira.
Os "jovens" de hoje acreditam ser revolucionários, mas a sua revolução apenas se limita ao facto de começarem a beber alcool e a consumir drogas um pouco mais cedo do que nós, os "kotas". Raros são os que pegam num livro ou manifestam algum interesse por algo mais do que as telenovelas, o futebol e as ditas modas, na sua maioria um misto de vestuário usado em movimentos culturais ou pseudo-culturais com 20 ou mais anos de vida. Ficam-se pela prática num teclado de telemóvel e pouco mais. Claro que há excepções e nem pretendo eu aviltar a imagem desta "juventude" a meu ver preconceituosa e algo desnorteada. O que eu quero é que não me obriguem a ser "kota", que não me ostracizem por gostar de Scooter e Tiesto, por delirar com jogos virtuais e querer andar de "perna à vela" quando o calor aperta. Haja modernidade..."juventude".


Cegonhas

Ao andar pelas estradas do nosso país descobri mais um sector da economia em crise: sector das cegonhas. Basta reparar na quantidade de cegonhas que estão nos ninhos à beira da estrada.
Lembro-me de ser mais novo e raramente ver uma cegonha, pois estavam sempre ocupadas a entregar os bébés provenientes de Paris nos lares do mundo.
Ouvido um reputado economista nacional, Dr. Carlos Barreiros, o mesmo opinou que esta situação da súbita falta de actividade do sector cegonhal é conjuntural, pois a subida do preço dos combustíveis encareceu os seus serviços e desta forma não é viável economicamente a entrega dos bébés.
Diferente opinião têm o Dr. José Correia, intelectual de esquerda, com laivos neo-depressivos citadinos, que argumentou ser pura especulação demagógica a face conjuntural do problema. A seu ver o problema é estrutural, pois o sector já estava em crise antes da escalada dos preços dos combustíveis. A natalidade tem decrescido e como tal a actividade das referidas aves tem abrandado. Deveriam ser criados mecanismos de conversão de carreiras de forma a poder canalizar as cegonhas para outra actividade económica e assim existirem mais alternativas e saídas para esta classe.


E como dizem por aí

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quarta-feira, junho 11, 2008

Condomínio ou a dificil arte de aturar o vizinho - I

Para quem tem o azar de ter de morar num condomínio de apartamentos, sabe bem o quanto podem ser complicadas as relações de vizinhança. O principal cerne das quezilias é normalmente o ruído produzido fora de horas ou dentro delas, mas as queixas podem alargar-se a animais domésticos, roupas aviltadas nos estendais e lixos atirados para terraços. Como em tudo, temos sempre tendência para reparar no que fazem os outros e esquecemo-nos daquilo que nós próprios fazemos. Por isso e a bem de uma boa vizinhança, o respeito, a tolerância e o diálogo, são fundamentais.

Aqui há uns anos atrás, passei por uma situação algo assustadora. O administrador do condomínio veio ter comigo e avisou-me de que havia uma queixa por causa do barulho das obras que eu fazia em minha casa à noite. Bom, acontece que eu não tinha obras em casa e ainda por cima estava a chegar ao final de uma pesada gravidez, pelo que me era de todo impossível andar a arrastar móveis e muito menos à meia-noite. A coisa ficou assim, até que um dia, pela 1h da manhã, a polícia me bateu à porta. O meu aspecto, em camisa de dormir e com uma enorme pança, deve ter dito tudo pois, muito timidamente, os agentes perguntaram se eu tinha obras em casa...que tinha havido uma queixa indicando o meu andar. Eu estava sozinha, com uma filha de 4 anos, pois o meu marido nessa época trabalhava por turnos. Contudo, convidei os agentes a entrar para que verificassem que não havia quaisquer obras na casa.
O problema não ficou por ali. Dias depois recebi um telefonema anónimo - uma voz de mulher proferiu a seguinte ameaça: "Ou paras com o barulho ou a tua filhinha morre." Assustada, fui a correr ao posto da PSP e presentei queixa, contudo e por haver falta de dados concretos e provas, fui dissuadida de qualquer resultado.
Resolvida a deslindar o caso e porque nem o administrador do prédio, nem a polícia, me haviam facultado a origem da queixa, resolvi investigar por conta própria. Ora, a criatura que me telefonara tinha sotaque africano e através de perguntas quer a vizinhos, quer às mulheres que faziam a limpeza do prédio, acabei por descobrir que, dois andares abaixo do meu, morava uma senhora de origem africana e que por sinal já fizera comentários sobre ruídos nocturnos de obras.
De posse desta informação e determinada a acabar com tamanho disparate, fui bater-lhe à porta. "Sou a vizinha do 6ºE e temos de falar, minha senhora." disse eu. Silêncio. Por detrás da porta, que se mantinha fechada, ouvi o suave movimento de um corpo e o ruído de algo a cair. A vizinha, não parecia disposta a resolver fosse o que fosse, pelo que tive de ser mais contundente: " Olhe, na minha casa não há obras. Se me volta a ligar e ameaçar de morte a minha filha, faço-lhe uma espera e parto-lhe essa cabeça louca. Já apresentei queixa na polícia, por isso já sabe."
Nunca mais tive chatices com as alucinações da minha vizinha e meses depois mudei de casa. Contudo, uma pergunta ficou no ar - como tinha ela conseguido o meu número de telefone? Curiosamente só o administrador do condominio o tinha!

Análise crítica do post anterior

Não pude deixar de sorrir ao ler o post do Red Eagle sobre como "Despachar uma mulher". E digo sorrir, pela ingenuidade que todas aquelas linhas deixam transparecer. É que para despachar uma mulher não é de todo necessário recorrer a tantas artimanhas, algumas das quais podem até mesmo ter efeito contrário ao desejado. Na verdade, basta que o homem seja ele próprio para que, na maior parte dos casos, o despacho se verifique.
É certo e sabido que a maioria dos divórcios são por iniciativa da mulher e que esta mais facilmente se dispõe a construir um novo lar do que o homem. É tudo uma questão de autonomia financeira. Em tempos que já lá vão, as mulheres toleravam de tudo aos maridos e não porque se sentissem "encalhadas", mas porque não tinham forma de se sustentar e aos filhos. Ao contrário, os homens tendem a manter os seus casamentos, mesmo que já alimentem uma relação extra-conjugal, e dificilmente arredam de casa (complexo da casota).



Dois filmes, que fizeram história no cinema, são bem ilustrativos do que acabei de escrever - Kramer contra Kramer e A Guerra das Rosas.



Mas, vamos lá a algumas das imperfeições do post anterior:
1. Nunca procure o sexo, mas aprecie bem as amigas dela e a vizinha "boazona" com leves resmungos sobre a não frigidez e ausência de dores de cabeças delas; - se a mulher já apresenta sinais de frigidez e se queixa de dores de cabeça é porque o sexo com o homem em questão lhe deixou de interessar, se converteu numa chatice pegada...logo, se as vizinhas resolverem o problema, tanto melhor.
6. Ir com ela aos centros comerciais e hipermercados. Perder tempo infindo nas secções desportivas... - perfeitamente surreal, pois como é certo e sabido, o homem limita-se a empurrar o carrinho e a guardar vez nas filas do talho e da peixaria.
7. Qualquer tentativa de conversa entabulada por ela, comece a suspirar e a deixar sair entredentes que a mãe nunca fez disto ao pai; - erro! Depois de uma destas arrisca-se a um sermão de 2 horas, ou seja, o feitiço vira-se contra o feiticeiro (o mesmo é válido para o ponto 8 do referido post).
11. (...)Se for num centro comercial, perca-se na secção de electrónica a ver os LCD'S, plasmas e sistemas de sons surround. Quando ela chegar antes que ela abra a boca, corra para ela e entusiasticamente mostre-lhe as novas maravilhas da tecnologia, em especial as que tiverem muitos fios espalhados nas traseiras do equipamento. - comigo era o delírio, ainda mais apaixonada ficava.
Conselho: se quer realmente despachar uma mulher, despeça-se de fingimentos e publicidade enganosa - seja você mesmo.

Como despachar uma mulher

No dia 02/06/2006, a minha amiga Maeve escreveu aqui umas linhas sobre como despachar um homem.
Assim, e como direito à resposta resolvi escrever como despachar uma mulher, pois afinal também nós, homens sabemos (e muito melhor que elas) como irritá-las e deixá-las danadas:

  1. Nunca procure o sexo, mas aprecie bem as amigas dela e a vizinha "boazona" com leves resmungos sobre a não frigidez e ausência de dores de cabeças delas;
  2. Olhá-la depreciativamente e perguntar se não está mais forte;
  3. Ao utilizar o WC, nunca baixar a tampa. A mulher é um animal de hábitos, como tal é fácil prever quando ela vai ao WC e assim um pouco antes de ela ir até lá, molhar estrategicamente (de forma que não seja facilmente detectado) o local onde ela vai assentar o traseiro;
  4. Quando ela está a tomar banho, abrir a torneira de água quente e fria alternadamente com um pretexto de arrumação ou higiene;
  5. Qualquer tarefa que ela peça para fazer, ouvi-la pacientemente até ao fim na explicação de como executar o pedido (ou pelo menos fingir) e depois fazer tudo ao contrário. Se possível tome nota de algumas "dúvidas" para em caso de futuras explicações poder "esclarecer" essas mesmas dúvidas;
  6. Ir com ela aos centros comerciais e hipermercados. Perder um tempo infinito nas secções desportivas, dissertando com ela sobre as maravilhas duma cana de carbono e especular sobre os anzóis. Complemente este manancial informacional passando pela livraria e ler-lhe as passagens mais elucidativas de obras literárias como "O maravilhoso mundo da perca" ou "Xaputa: peixe lindo". Reforce essas passagens evocando as especulações anteriores e com perguntas de reforço positivo como "Estás a perceber?"
  7. Qualquer tentativa de conversa entabulada por ela, comece a suspirar e a deixar sair entredentes que a sua mãe nunca fez disto ao pai;
  8. Às refeições mostre saudosismo pelos petiscos da mamã. Se tiver uma irmã elogie também os dotes culinários dela;
  9. Mine a confiança dela em relação a algumas amigas (o que não será difícil) e insinue algumas repressões lésbicas da parte delas;
  10. Convide a mãe dela e a sua para um convívio familiar em casa. Pouco antes de elas chegarem, desarrume algumas deixe algumas coisas dela. Quando elas chegarem arrume as coisas e com um ar meio atrapalhado por elas terem visto "a bagunça" acompanhe a arrumação à pressa com comentários de que ela anda meio ausente e que não sabes o que se passa;
  11. Acompanhe-a nos saldos, ofereça-se para a ajudar a carregar as coisas, e depois vá as espalhando pela loja. Na altura do pagamento "desapareça" da vista dela com a mala e carteira dela. Se for num centro comercial, perca-se na secção de electrónica a ver os LCD'S, plasmas e sistemas de sons surround. Quando ela chega,r antes que ela abra a boca, corra para ela e entusiasticamente mostre-lhe as novas maravilhas da tecnologia, em especial as que tiverem muitos fios espalhados nas traseiras do equipamento.
Se isto não resultar, então é porque ela é aquilo que entre elas é carinhosamente denominado por "encalhada". Será altura de usar de métodos um pouco mais incisivos para se ver livre do "trambolho", pois se há coisa que ninguém gosta é de monos.


E como dizem por aí

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terça-feira, junho 10, 2008

O melhor amigo do homem

O papel das mulheres na vida dum homem está demasiado valorizado. E nem são as mulheres quem mais é amiga do homem.
O cão é realmente o melhor amigo do homem.
Se não acreditas, faz a seguinte experiência:
Coloca o teu cão e a tua esposa/namorada/mais que tudo na mala do carro por uma hora...
... Depois abre a mala.


Quem está realmente feliz por te ver?

segunda-feira, junho 09, 2008

Ode ao cume

Para não ser apelidado de imberbe inculto, hoje vamos dar voz à cultura na forma de poesia

Composição: Desconhecido

No alto daquele Cume
Plantei uma roseira
O vento no Cume bate
A rosa no Cume cheira

Quando vem a chuva fina
Salpicos no Cume caem
Formigas no Cume entram
Abelhas do Cume saem

Quando cai a Chuva grossa
A água do Cume desce
O barro do Cume escorre
o mato no Cume cresce

Então quando cessa a chuva
No Cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no Cume ardia

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domingo, junho 08, 2008

Sondagem

Foi realizada mais uma fabulosa sondagem. Os resultados não podiam ser mais conclusivos, a resposta à questão se este pasquim seria de orientação machista, as opiniões dividiram-se entre as mulheres se reverem neste pasquim e o factor do seu autor despejar demasiadas garrafas.
Ante estas conclusões, impunha-se nova sondagem:
- Será que o braço partido foi no futebol?
Vejamos o evoluir da sondagem...

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sábado, junho 07, 2008

Metereologia

Prevê-se Sol firme e céu azul durante o dia, com algum arrefecimento nocturno, precipitação alcóolica e vista enevoada.
Possibilidades de chão flutuante a partir das 18 horas bem como a ocorrência de neve no whiskie.

E como dizem por aí

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sexta-feira, junho 06, 2008

Urinar

Após vários e insistentes pedidos vou descrever o acto de como se vai ao WC satisfazer uma necessidade fisiológica de carácter liquido nesta condição.
A forma mais segura e higiénica é evitar que se vá ao WC mesmo nas últimas, pois aí o resultado será desastroso. O primeiro passo é, e apenas com a mão esquerda, tentar baixar o fecho da braguilha.
Depois, e após alguma ginástica e contorção, retirar a extensão da uretra dos boxers (ou em português mais vernáculo, a mangueira do mijo). Como a mira é calibrada à canhota, não vamos ser ambiciosos e tentar acertar no pelo púbico ao fundo do urinol. Se conseguirmos acertar no urinol já será uma estrondosa vitória.
Aqueles pingos nos sapatos poderão ser encarados como erros de pontaria, já os pingos nas pernas das calças não passarão discretos e muito menos serão manchas sexys.
Convém limpar todos estes pingos logo após o limpar das lágrimas provocadas pelo fecho a subir puxado pela mão esquerda, e que acaba sempre por entalar algum desprevenido.


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quinta-feira, junho 05, 2008

Fazer a barba com a mão esquerda

De todas as tarefas, o fazer da barba é aquela que requer mais coragem para levar a cabo só com a mão esquerda.
Começa com o acto de passar a espuma pela cara, acto que a ser feito à canhota faz com a espuma comece a ser espalhada no pescoço e termine algures perto das sobrancelhas. A parte corajosa começa a seguir quando com a mão que têm menos precisão (em alentejano tacto) se agarra numa lâmina de barbear e começa a deslizar com ela pela cara.
Assim temos uma mão, que em muitos casos só serve de enfeite, completamente descoordenada e imprecisa, a passear uma lâmina de barbear na cara coberta de espuma de barbear, ou seja com a pele macia e deslizante.
Quando me apercebo que a minha jugular está demasiado perto deste cenário, a mão que anteriormente estava imprecisa começa a tremer de tal forma, que um doente de parkinson parece uma pessoa de mão precisa.
Eu tenho amor à vida (em especial se esta for minha) mas a fazer a barba assim dá uma nova dimensão à expressão suicídio involuntário.

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quarta-feira, junho 04, 2008

Tomar banho

A tarefa mais complicada e demorada de realizar neste estado de deficiência é o acto de tomar banho.
Primeiro começa a tarefa de despir a roupa, utilizando só a mão esquerda, o que só por si já é uma autêntica epopeia. Depois, e porque sou um rapaz prevenido, começa a tarefa de isolar o braço direito com um saco plástico.
Isto têm como objectivo evitar que caia água em cima do gesso, mas também é durante esta tarefa que eu esgoto a minha paciência e exercito o meu músculo do praguejamento. Toda a linguagem de vernáculo, conhecida e desconhecida é por mim recitada (acho até que já inventei um ou dois palavrões).
E para o caso de se perguntarem porque motivo acontece isto num simples acto de isolar o braço, apenas respondo, tentem isolar o braço direito, com o braço esquerdo e logo vêem o que quero dizer.
De seguida vem o acto do banho em si. Com o braço direito imobilizado em gesso, embrulhado num saco plástico, esta é uma tarefa morosa e complicada mas que com paciência consigo levar a bom porto...
... há é água espalhada por todo o lado...
Assim ao fim de quase meia hora esta tarefa fica concluída.

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terça-feira, junho 03, 2008

O engessado

Como é hábito, no dia 29 de Maio houve mais uma partida entre a cirrose e o catarro do fumador. Foi uma partida de alto risco, um grandioso derby onde o resultado foi o que menos conta para a história. O mais importante foi a gravíssima lesão de um dos maiores virtuosos da redondinha que aquele campo alcatroado já alguma vez viu, ou seja EU (ou então não, mas se não for eu a gabar-me ...).
Após uma disputa de bola um pouco mais acesa, deu-se o choque inevitável que culminou com uma lesão no antebraço direito e recolhimento por duas semanas, no mínimo.
Apesar da gravidade da lesão ela não foi logo diagnosticada, a jogada que deu origem a esta situação ocorreu logo aos cinco minutos de jogo, mas ainda deu para jogar o jogo todo. Com alguma dificuldade ainda deu para conduzir até casa e efectuar a normalidade do resto dia.
No dia seguinte, sexta-feira, com o antebraço direito ligeiramente inchado (e não, não houve retrocessos à puberdade) e uma dores crescentes o dia foi-se arrastando até que ao final da tarde me resolvi a ir prestar uma visita às urgências para ver o que se passava.
Ao lá chegar como não tinha qualquer documento comigo, e uma fila enorme, tive de regressar a ir buscar os documentos.
Depois andei a saltitar de andar em andar: registei a entrada no piso 0, ir à consulta de ortopedia no piso 2, efectuar o raio x no piso 1, e regressar ao piso 2. Com o braço sem o conseguir mexer e com um crescente complexo de bola de ping-pong, finalmente foi diagnosticado o cúbito rachado, junto à articulação do cotovelo, foi-me ofertado uma linda manga de gesso.
Coisas simples como escrever neste pasquim tornaram-se muito mais complicadas, e mais morosas. Mas do meu quotidiano maneta falarei mais para a frente.

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segunda-feira, junho 02, 2008

Como despachar um homem

Nas revistas e nos sites da especialidade, encontramos artigos que mostram a permanente necessidade feminina de conquistar e/ou manter um homem. O inverso - como despachar um homem - é que é mais difícil. Ora bem, graças ao Red Eagle, essa fonte inesgotável de informação sobre a natureza masculina, encontro-me em condições de dar alguns conselhos que ajudarão aquelas que já não suportam os respectivos, a empandeirá-los de vez, sem dramas e, sobretudo, se forem casadas em comunhão de adquiridos, a ficarem com a casa, o carro, os Cd's do Tony Carreira, etc.

Então vamos lá ao mais básico do básico:
1. Não se negue ao sexo. Exija-o constantemente e nas alturas mais inconvenientes - após uma refeição avantajada; durante a transmissão de um jogo de futebol e de preferência se a equipa dele estiver a perder; quando está na casa de banho com um aperto; quando o vê cansado, doente. A melhor altura é, sem dúvida, imediatamente após o acto sexual continuar a insistir para prolongar o dito, acrescentando a frase demolidora: "Eu sei que não és capaz...que tenho de esperar...mas foi tão rápido!"

2. Martirize-o com questões clássicas: "Amas-me?"; "Em que estás a pensar?"; "Achas que estou gorda?"; "Porque não olhas para mim?"; "Porque não falas comigo?" Caso ele lhe responda aproveite logo para iniciar uma discussão (de preferência com lágrimas) sobre o quanto tem sofrido ao lado dele. Se ele ficar em silêncio (o habitual) não se reprima, inicie um monólogo de pelo menos 2 horas sobre os inúmeros defeitos dele.

3. Quando o vir doente (realmente doente, pois sabemos que são dados a fantochada), alterne uma atitude alegre e cantoralante, com exigências várias, sublinhando que a doença veio na altura menos adequada, tendo em conta as suas próprias necessidades.

4. Faça uma porcaria de comida, mas faça. Isso de deixar de cozinhar não resulta. Arroz mal cozido, carne dura e peixe ainda congelado junto à espinha, são indispensáveis. Se ele se queixar chore muito e aproveite para discutir mais uma vez sobre os inúmeros defeitos dele, ou então exija sexo.

5. Misture roupa de cor vermelha, daquela que larga tinta como um polvo, com as camisas dele, na máquina. Guarde-lhe peúgas e cuecas sujas no roupeiro.
Adopte estes procedimentos com frequência e diga que a culpa é dele porque a põe nervosa.

6. Faça cenas de ciúmes brutais, mas não em relação a mulheres. Os amigos dele serão sempre o seu principal alvo de suspeita. É preciso que ele sinta que você pensa que as saídas dele para os copos, são apenas pretextos para monumentais orgias gay.

7. Vista de forma espalhafatosa e ensope-se em perfume. Mude todas as semanas a cor do cabelo (ou use perucas para não ficar careca). Deixe, como por esquecimento, pensinhos e tampões espalhados pela casa e no carro dele.

8. Convide a mãe dele e a sua todos os fins-de-semana. Numa atitude de histeria carinhosa, mostre-lhes a roupa dele, a conta de mail e teça inúmeros comentários sobre os seus hábitos de higiene.

9. Quando ele lhe contar alguma coisa, corte-lhe o discurso a meio e despeje todas as histórias mesquinhas do seu quotidiano laboral, com pormenores repetidos entremeados com passagens das suas telenovelas favoritas. Sobretudo dê-lhe sempre a entender que é muito melhor e mais inteligente do que ele e que todas as decisões que ele alguma vez tomou, estavam completamente erradas.

Se depois disto tudo, o homem não se puser a milhas, é porque é masoquista e/ou tem um grave complexo de inferioridade. Terá de optar, então, por métodos mais violentos.


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